quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Licenciados 173 mil fogos em nove anos

http://jn.sapo.pt/2005/10/26/grande_porto/licenciados_mil_fogos_nove_anos.html


Urbanismo 65,4% das casas foram licenciadas em Gaia, Maia, Gondomar, Matosinhos e Valongo (1995/2003) Porto com menor dinâmica construtiva

Em nove anos, a Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP) passou a ter mais 45 mil edifícios e 158 mil fogos e a tendência de crescimento vai manter-se. Entre os anos de 1995 e 2003, as 14 câmaras municipais (Porto, Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos, Valongo, Espinho, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Arouca, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, S. João da Madeira e Trofa) licenciaram 46 mil prédios e 173 mil fogos. A maioria das licenças é para construção nova e para habitação.

O topo da lista dos licenciamentos de fogos é ocupado por Gaia (19,8%). No lado oposto, está Espinho (1%). O concelho gaiense é, também, o totalista no número de fogos concluídos naquele período, seguida pela Maia (13,7%). O estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a dinâmica de construção na GAMP, divulgado ontem, indica que 65,4% das licenças emitidas para construção nova, ampliações e reconstruções surgem nos concelhos limítrofes do Porto. Ou seja a coroa de Gaia, Maia, Matosinhos, Gondomar e Valongo. A Cidade Invicta assume a oitava posição da lista.

No entanto, é a Maia que regista a maior dinâmica construtiva potencial (65.7%), que corresponde ao cálculo entre os fogos licenciados ao longo dos nove anos e o número de casas existentes em 1994. Em média na GAMP, as intenções de construção equivalem a um terço do parque habitacional existente em 1994. E, acima da média, estão sete municípios com destaque para Valongo (55,6%), para Santa Maria da Feira (40,9%) e para Matosinhos (40,6%). O Porto ocupa a derradeira posição no que toca à dinâmica construtiva. Curiosamente, é onde se encontra a maior percentagem de licenças concedidas para reconstruções (27%) e ampliações (22%).

Ainda assim, a construção nova domina na GAMP, totalizando 88% dos licenciamentos pelos serviços municipais de Urbanismo. Entre 1995 e 2000, houve um acréscimo no número de licenças para obras. Os três anos seguintes foram de quebra, com o pior registo em 2003 (10 mil fogos licenciados).

Surpreendentemente, o INE chega à conclusão que 80% das licenças foram concedidas em menos de um mês (corresponde ao tempo entre o pedido de licenciamento e a emissão do alvará pelas 14 câmaras) e apenas em 3,2% dos casos demoraram mais de dois anos .

Casas maiores no Porto

A execução de habitação é o principal objectivo e 96% dos promotores são pessoas singulares e empresas privadas. Em média, os edifícios licenciados, que se destinam a habitação familiar, possuem quase três pisos e 4,5 fogos. A tipologia mais comum é o T2 (43%).

As casas maiores serão edificadas no Porto. A área habitável média por fogo licenciado é de 98,8 metros quadrados na Invicta, sobretudo na zona Ocidental. Segue-se Arouca com 89,8 metros quadrados. Em Gaia e Valongo, as habitações são mais pequenas, com 69 metros quadrados. Um valor abaixo da média da GAMP, que é de 76,6 metros quadrados.