sexta-feira, 26 de junho de 2009

Requalificação do Rio Ferreira arranca sábado em Valongo

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=395943&page=0

Os trabalhos de despoluição do rio Ferreira vão iniciar-se sábado, no concelho de Valongo, com acções de limpeza nas margens do rio e na praia fluvial de Sobrado, anunciou hoje a autarquia.
Esta acção que se realiza no âmbito do projecto «Corrente Rio Ferreira» decorrerá das 9:00 às 13:00, contando com a presença de muitos voluntários.
O projecto de requalificação ambiental do Rio Ferreira, um dos mais poluídos no distrito do Porto, envolve os municípios de Paços de Ferreira, Paredes, Valongo e Gondomar.
A operação, que abrange 33 outras entidades públicas e privadas e que se iniciou em Abril com a assinatura de um protocolo que define os termos do projecto, vai abranger a totalidade do leito e margens daquele curso de água, numa extensão de 43 quilómetros.
O território inclui zonas classificadas na Rede Natura 2000, desde a nascente, em Paços de Ferreira, até à confluência com o rio Sousa, em Gondomar, mas também zonas muito industrializadas, sobretudo empresas de mobiliário
No arranque da operação de limpeza, no concelho de Valongo, estará presente, cerca das 10:30, o presidente da autarquia, Fernando Melo, e o vereador do Ambiente, José Luís Pinto.
Também sábado, e para assinalar o início dos trabalhos nos quatro concelhos abrangidos pelo projecto, haverá grupos que vão efectuar um percurso em bicicleta, transportando assim uma bandeira com o logótipo do projecto «Corrente Rio Ferreira» desde a nascente (Paços de Ferreira) até à foz (Gondomar).
Os trabalhos de limpeza prosseguirão depois durante a semana com a colaboração de funcionários da autarquia e ao sábado com a colaboração de voluntários.
O projecto Corrente Rio Ferreira contempla, além das operações de limpeza das margens, vistoria às habitações da bacia do Ferreira, monitorização da qualidade da água, sensibilização ambiental e requalificação das margens.
Nos próximos quatro anos (período de vigência do projecto), os quatro municípios vão disponibilizar meios técnicos e humanos para o desenvolvimento das diferentes acções.
O objectivo principal da iniciativa, que é inspirada na recuperação ambiental do Rio Leça, realizada pelo município de Valongo, passa pela reabilitação ambiental de toda a bacia do rio Ferreira, abrangendo 183 quilómetros quadrados, onde residem cerca de 150 mil pessoas.
Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Hospital de Valongo só atrai 30% da população

Reordenamento da rede hospitalar ditará mudanças. Joaquim Urbano também vai mexer
Ontem
INÊS SCHRECK
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Valongo&Option=Interior&content_id=1268461

Cerca de 70% da população dos concelhos de Valongo e de Gondomar não recorre ao Hospital de Valongo. A unidade tem uma produção muito baixa e vai sofrer mudanças. O mesmo se prevê para o Hospital Joaquim Urbano.
"O actual Hospital de Valongo desenvolveu uma actividade assistencial muito baixa, representando apenas cerca de 1% [com excepção da Urgência] da actividade registada na NUT III - Grande Porto". A constatação, apontada no segundo estudo do plano de Reordenamento da Rede Hospitalar da Área Metropolitana do Porto, deixa adivinhar alterações.
E das duas, uma: "Ou faz-se um novo hospital ou integra-se o actual, em termos de cuidados, com um hospital como o S. João ou o Centro Hospitalar do Porto, dividindo a população de Gondomar e de Valongo. E os médicos de família passam a referenciar os doentes para lá", explica o vice-presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
Fernando Araújo diz que o hospital está a funcionar bem, recebeu obras recentemente, mas "é pequeno, tem baixa produção, poucos médicos, poucos consultórios e poucas camas". E não desvenda, para já, a solução encontrada. Esta há-de vir, em jeito de recomendação, no quarto e último estudo do reordenamento da rede hospitalar, promovido pela ARS/Norte. O plano visa definir estratégias de redução/expansão e/ou redistribuição da oferta hospitalar para melhor responder às necessidades dos utentes, tendo em conta os novos hospitais, em construção ou previstos para a região Norte.
Por ora, está aberta a discussão pública do estudo dois, que caracteriza a oferta hospitalar actual e futura, e do estudo três que faz uma análise actual e prospectiva dos recursos humanos médicos hospitalares. Ambos podem ser consultados nos sites www.arsnorte.min-saude.pt ou www.portaldasaude.pt. O primeiro estudo, já noticiado pelo JN, debruçou-se sobre as necessidades actuais e futuras de cuidados hospitalares. Recebeu apenas 10 comentários, mas "de qualidade" e quadrantes muito diferentes, revelou Fernando Araújo.
Além do Hospital de Valongo, também o "Joaquim Urbano", especializado em pneumologia e doenças infecciosas, apresenta uma fraca prestação. Conforme pode ler-se no estudo, o Hospital Joaquim Urbano, no Porto, responde a apenas 5% das necessidades daquela actividade especializada e a 0,4% da actividade global de internamento.
Números que levam Fernando Araújo a constatar: "Não está a prestar o serviço que deveria". O encerramento é uma possibilidade? O vice-presidente da ARS/ Norte admite que sim, mas não avança mais. Salienta, no entanto, que os números não valem só por si. "O Joaquim Urbano tem doentes muito específicos [toxicodependentes, tuberculosos, VIH] e tem desempenhado um bom trabalho na aderência destes doentes à terapêutica, tratamentos integrados e substituição de drogas", afirma, concluindo de seguida: "Qualquer solução que se encontre tem de responder a doentes com estas especificidades e aproveitar o que de bom tem sido feito".
O estudo três versa sobre os recursos humanos actuais e futuros e concluiu que não haverá constrangimentos no futuro. Em 2014, estima-se que haja, na região, 3,3 médicos por cada um que se aposente e em 2020 este rácio de substituição será de 2,7. "Não significa que vai haver desemprego, mas mostra que teremos capacidade para responder às necessidades", analisa Fernando Araújo, considerando que o estudo permite planear melhor as vagas por especialidade médica.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Urbanização passa a hotel e hospital

01-06-2009
00h30m
REIS PINTO
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Valongo&Option=Interior&content_id=1249956

Valongo vai ter um novo hospital, um hotel e um centro para idosos, num investimento que ronda os 16 milhões de euros. As valências serão instaladas na Urbanização da Fonte da Senhora, que está inacabada há alguns anos.
A proposta será discutida, depois de amanhã, na reunião semanal da Câmara de Valongo e, para o vereador do pelouro do Urbanismo, José Luís Pinto, "foi a melhor solução que poderíamos encontrar".
"A legislação afirma que a demolição deve ser a última medida a tomar. Se houver outras formas legais, a Autarquia deve recorrer a elas. O que aconteceu neste caso foi que a entidade bancária aceitou recuperar a Urbanização Fonte da Senhora e chegámos a um acordo. Aproveitando e modificando o edificado existente, será construído um hospital (que deverá ter 80 quartos), um centro para idosos e um hotel", revelou o vereador.
O promotor abandonou os trabalhos e a entidade financiadora, a Caixa de Crédito Agrícola, ficou com a urbanização, que já se encontrava praticamente em fase de conclusão. O banco encontrou um novo promotor, que está disposto a investir 15,9 milhões de euros, num projecto que deverá criar 150 postos de trabalho.
"É sempre melhor requalificar que demolir. Assim vão criar-se valências interessantes e numa óptima localização. Os nossos serviços já deram conta de algumas deficiência na área social e da saúde, que assim serão colmatadas", afirmou José Luís Pinto.
No concelho de Valongo há inúmeras urbanizações por concluir e a Autarquia iniciou, há cerca de dois anos, um processo de demolições, com o qual deverá gastar cerca de cinco milhões de euros. "Substituimo-nos aos promotores e depois vamos para Tribunal para sermos ressarcidos", sublinhou o autarca.
José Luís Pinto revelou que há processos de demolição em curso em todo o concelho. "Foi uma decisão política complicada de tomar. Caso os donos não queiram assumir os custos da operação, a Câmara toma posse administrativa do prédio ou urbanização e "limpa" o terreno. O Banco Português de Negócios foi quem mais rapidamente demoliu um empreendimento. Tratava-se de um prédio à face da A4, numa operação que custou ao banco cerca de 850 mil euros", referiu o vereador.