sábado, 23 de maio de 2009

Linha volta a ter passageiros em Setembro

2009-05-23
CARLA SOFIA LUZ*, PEDRO CORREIA, * COM, MANUEL VITORINO
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=1241513

A Linha de Leixões voltará a ter passageiros em Setembro, estimando-se que venha a servir 2,9 milhões de pessoas por ano. Para já, os comboios ligarão Leça do Balio a Ermesinde em 16 minutos. Só em 2010 chegará a Leixões.
A via - que hoje é utilizada apenas para o transporte de mercadorias (12 comboios por dia) após a suspensão do serviço de passageiros há muitos anos - cruza quatro concelhos: Matosinhos, Maia, Valongo e Porto. A operação com passageiros será retomada dentro de quatro meses, chegando a três dos quatro municípios, embora a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, tenha manifestado, ontem, a vontade de ver as composições chegarem, no futuro, a Campanhã.
Numa primeira fase e antes do arranque do ano lectivo, a governante quer os comboios a circularem na Linha de Leixões, com paragens em Ermesinde (Valongo), S. Gemil (Maia), S. Mamede de Infesta e Leça do Balio (Matosinhos). As composições dos serviços urbanos farão a ligação, mas o preço ainda não está definido.
O administrador da CP, Ricardo Bexiga, pretende integrar a linha no Andante. As expectativas são elevadas. A CP investiu 6,8 milhões de euros em material circulante e em equipamentos e espera gastar 340 mil euros por ano com pessoal. A empresa crê que cobrirá o investimento em três anos. Também a Refer vai intervir nas quatro estações, requalificando as plataformas e construindo abrigos para os passageiros. Os trabalhos, já adjudicados, começarão dentro em breve.
O serviço comercial ao longo dos 10,6 quilómetros será assegurado por 55 composições por dia e por sentido de segunda a sexta. Os passageiros contarão com um comboio de 30 em 30 minutos à hora de ponta e com um comboio por hora e por sentido nos restantes períodos. Aos fins-de-semana e feriados, terão disponíveis 35 comboios diários, o que corresponde a um comboio por hora e por sentido. O transporte é feito através de uma via única.
No dia em que foram celebrados os protocolos entre a CP, a Refer e a Câmara de Matosinhos para retomar o serviço de passageiros e entre a CP, a Refer e a APDL para a cedência de terrenos do Porto de Leixões, o presidente da Autarquia matosinhense, Guilherme Pinto, manifestou a convicção de que será possível estender a operação a Leixões dentro de um ano. Antes disso, será construída uma nova estação.
O estudo preliminar aponta para um investimento de 10 milhões de euros nos terrenos do antigo parque de espera do Porto de Leixões, na Avenida do Engenheiro Duarte Pacheco. O futuro edifício terá uma ligação aérea à estação do metro no Senhor de Matosinhos, um interface para táxis e operadores de transporte público rodoviário e um parque de estacionamento. O complexo ferroviário do Porto de Leixões sofrerá alterações com a obra, que permite ampliar o terminal de contentores. A viagem entre Ermesinde e Leixões será de 30 minutos.
A Refer admite estudar a possibilidade de estender o serviço a outras paragens (recorde-se que a Linha de Leixões possui outras estações que não serão servidas), de acordo com a procura e as necessidades da população.
A cerimónia ficou marcada, ainda, pelos elogios de Guilherme Pinto à actuação de Ana Paula Vitorino, que devolveu o cumprimento ao autarca e candidato à Autarquia matosinhense: "Nunca como nos últimos anos a Administração Central pôde contar com um presidente da Câmara de Matosinhos simultaneamente tão exigente e tão capaz de coordenar projectos na defesa do seu concelho", sublinhou a governante num discurso com referências às duas linhas do metro projectadas para o concelho e à polémica gerada pelo plano de expansão da rede.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Antiga fábrica dá lugar a novo centro comercial

Retail Park junto ao acesso da A4, em Ermesinde, abrirá em 2010
2009-05-21
HUGO SILVA
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Valongo&Option=Interior&content_id=1238756

Fica logo à saída da auto-estrada (A4). Ou à entrada, dependendo do sentido em que se circula. As obras de construção de mais uma grande superfície no Grande Porto estão em marcha. É em Valongo, é o In Ermesinde Retail Park.
Dois enormes painéis publicitários informam os transeuntes do que está ser feito por trás das cercas metálicas, mas nem todos os moradores sabem, ainda, que ali está a nascer um novo centro comercial. Da antiga fábrica que ocupava o terreno restam as memórias. O In Ermesinde - projecto da Grande Solar, Nordasset e Banif Investments - deverá abrir em Março do próximo ano. Por agora, executam-se as escavações.
"Será um dos poucos retail park urbanos do país", evidencia Miguel Lopes, do grupo promotor, destacando a localização do empreendimento, "num miolo com cerca de 100 mil pessoas". O mesmo responsável sublinhou, ainda, as preocupações arquitectónicas do projecto, tendo em vista a sua integração no tecido urbano.
José Luís Pinto, vereador do Urbanismo da Câmara de Valongo, lembrou a "luta" com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para conseguir a instalação do equipamento comercial num terreno que era classificado como industrial no Plano Director Municipal.
O autarca acredita que o empreendimento pode vir a criar entre 150 a 200 postos de trabalho, contribuindo, ainda, para a dinâmica daquela zona. Miguel Lopes explicou que o retail park terá sete mil metros quadrados, distribuídos por 14 lojas, cinco das quais de grande dimensão. Sem adiantar nomes, o responsável revelou que estão na fase final as negociações para a instalação de duas marcas âncora, uma de electrónica e de electrodomésticos, outra de utilidades para o lar (cada qual ocupará dois mil metros quadrados).
O responsável acrescentou que também já está garantida uma "loja de moda de referência" e que o complexo integrará um "centro auto".
Miguel Lopes assegura que a oferta do In Ermesinde será distinta dos centros comerciais existentes na região. A zona de restauração ficará voltada para a rua, aproveitando a "paisagem da Avenida de Duarte Pacheco.
No Grande Porto, há mais de 30 shoppings, estando em construção ou em projecto pelo menos mais 17, incluindo diversos empreendimentos de retail park.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ampliar Linha do Minho obriga a demolir 14 casas

Criação de mais duas vias no eixo Contumil-Ermesinde prevê supressão de passagens de nível
2009-05-20
CARLA SOFIA LUZ
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Gondomar&Option=Interior&content_id=1237756

A ampliação de duas para quatro vias da Linha do Minho entre as estações de Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo) condena à demolição 14 habitações e algumas oficinas e armazéns. A maioria das casas fica em Rio Tinto.
A intervenção da Refer, que decorrerá ao longo de seis quilómetros, ocupa logradouros de casas e áreas verdes públicas e contempla a supressão de todas as passagens de nível, substituídas por ligações pedonais e rodoviárias por cima ou por baixo da linha férrea. A obra contribuirá para a melhoria da segurança no eixo Contumil-Ermesinde, onde se sucedem os acidentes mortais com transeuntes e passageiros quando tentam cruzar a via. Pondo fim aos atravessamentos, os seis quilómetros da Linha do Minho (nos concelhos do Porto, Gondomar e Valongo) serão vedados.
O estudo prévio para a duplicação da linha, desenvolvido pelas empresas Ferbritas e Ecossistema, está a ser alvo de avaliação de impacto ambiental. A consulta pública começou na passada sexta-feira e prolonga-se até ao dia 30 de Junho. A declaração de impacto ambiental deverá ser emitida até 10 de Setembro deste ano. Porém, desconhece-se a data de arranque da empreitada. As maiores mudanças serão na envolvente à estação de Rio Tinto, em Gondomar. O próprio equipamento ferroviário sofrerá uma reformulação, tal como o apeadeiro da Palmilheira, na Maia.
No momento em que a capacidade do troço está praticamente esgotada, a construção de mais duas vias resolverá o "estrangulamento de exploração das linhas do Douro e do Minho", beneficiando, em particular, as ligações a Braga e a Guimarães. No estudo prévio, refere-se que, numa segunda-feira normal, passam 110 composições naqueles seis quilómetros, sendo 98 de passageiros (a maioria (75) é de serviços urbano e suburbano) e 12 de mercadorias. A ampliação manterá a linha férrea à superfície, apesar dos pedidos de enterramento na zona de Rio Tinto. A análise comparativa das duas soluções data de 2007, tendo-se concluído que a manutenção da via à superfície é "globamente mais vantajosa".
No documento em consulta pública, refere-se que o rebaixamento tornaria a obra mais longa (prolongar-se-ia por mais um ano e cinco meses) e 50% mais cara. A escavação seria feita com recurso a explosivos, mas, feito o túnel, reduziria o ruído da circulação de comboios em torno da estação de Rio Tinto, que ficará enterrada. Optando-se pela solução à superfície, o actual edifício da estação será mantido e recuperado. Passará de duas para três plataformas de passageiros. O cais coberto e o parque de estacionamento, existente no lado nascente, desaparecerão. A demolição da área de aparcamento será antecedida da construção de um silo com capacidade para acomodar 268 viaturas. "Esse silo terá ligação directa com a passagem inferior pedonal e será articulado com o caminho de acesso" à futura estação da Lourinha do metro do Porto. A actual ponte sobre o rio Tinto também será alargada para permitir a construção das quatro vias.
Também o apeadeiro da Palmilheira, em Águas Santas, onde já morreram pessoas, este ano, a cruzar a via férrea, será requalificado. Não haverá mais atravessamentos das linhas. O trajecto entre os cais será assegurado pela nova passagem superior de peões com escadas e elevadores. Ao lado do apeadeiro, ficará um parque de estacionamento para 60 veículos. Já a ponte da Palmilheira será substituída por uma nova, integrada numa rotunda oval.

domingo, 10 de maio de 2009

PS quer metro e pólo universitário no concelho

10 05 2009 17.18H
O candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara de Valongo, Afonso Lobão, defendeu hoje, na apresentação da sua candidatura, a ligação do metro ao concelho, a criação de um pólo universitário e a valorização ecológica de Valongo.
Destak/Lusa destak@destak.pt
http://www.destak.pt/artigos.php?art=29045

AUTÁRQUICAS/VALONGO
«Quando for eleito irei propor ao Governo a elaboração de um estudo de viabilidade económico-financeiro sobre a ligação do metropolitano de superfície da Área Metropolitana do Porto [AMP]», afirmou Afonso Lobão.
O candidato socialista defendeu ainda «a criação de um serviço próprio dedicado a cobrir as localidades mais desprovidas do concelho», encarada como uma forma de «minimizar os efeitos negativos da crise nas famílias mais carenciadas».
Na apresentação da candidatura, Afonso Lobão rejeitou a proposta da Brisa de alargamento do traçado da auto-estrada A4. Como alternativa, o director distrital adjunto da Segurança Social propõe «um debate público no sentido de encontrar uma solução que qualifique o território, não rasgue a malha urbana e que vá ao encontro das preocupações ambientais».
Afonso Lobão elegeu a educação como outro grande desígnio da sua eleição, prometendo assegurar que «o concelho de Valongo acolha finalmente um pólo universitário, centrando os saberes no ambiente, no turismo ou nas novas tecnologias».
Em declarações à Lusa, o ex-deputado realçou a elevação de Valongo a «concelho ecológico da AMP», através da intervenção integrada na Serra de Santa Justa e nos dois rios que atravessam o concelho, o Leça e o Ferreira.
«Temos o grande pulmão da AMP e não se percebe por que razão a autarquia não se bate pela sua defesa», acrescentou. Se vencer as autárquicas, Lobão promete ser «um presidente mobilizador e impulsionador das energias que o concelho possui em abundância».
Afonso Lobão não poupou críticas ao actual presidente da Câmara de Valongo e candidato do PSD, Fernando Melo, que considera ser o «grande adversário político».
«Temos uma câmara cansada, parada no tempo, paralisada na obra e nos projectos, esquecida de ideias e incapaz de agir», realçou o candidato socialista.
Afonso Lobão reforçou ainda ser «o único candidato do PS à Câmara de Valongo, escolhido pelos órgãos competentes de uma forma democrática», demarcando-se da candidatura de Maria José Azevedo, actual vereadora do PS na autarquia, que já manifestou a intenção de recandidatar-se como independente.
A apresentação da candidatura do socialista contou com a presença de três elementos do Governo: Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, Eduardo Cabrita, secretário de Estado da Administração Local, e Manuel Pizarro, secretário de Estado da Saúde.