segunda-feira, 6 de março de 2006

Alargamento da A4 até Ermesinde

http://jn.sapo.pt/2006/03/06/grande_porto/alargamento_a4_ermesinde.html


trânsito Deputados do PSD pedem soluções para combater as dificuldades para circular na auto-estrada

Dois deputados social-democratas eleitos pelo Porto apresentaram um requerimento na Assembleia da República solicitando ao Governo soluções que permitam pôr fim aos congestionamentos de tráfego na A4 (Porto/Amarante), nomeadamente junto ao túnel de Águas Santas e ao troço até Ermesinde.

No documento, os deputados Agostinho Branquinho e Jorge Costa solicitam ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações que encontre "soluções para eliminar o constrangimento provocado pelo túnel".

Argumentando que esta auto-estrada representa uma acessibilidade fundamental na Área Metropolitana do Porto (AMP) e que é percorrida, todos os dias, por dezenas de milhar de veículos, os social-democratas defendem o alargamento do lanço entre Águas Santas e Ermesinde.

Governo não decide

Para os deputados, os constrangimentos que se verificam têm a sua origem mais próxima no estrangulamento que constitui o túnel de Águas Santas, próximo do nó com a A3 (Porto/Braga), e na não execução de obras de alargamento do dito lanço.

"O Governo descurou completamente este processo ao não lhe dar a atenção que a importância da obra exigia e que as populações a servir mereciam", acusam os parlamentares. Os deputados afirmam ainda que "o Governo teima em não decidir em tudo o que diga respeito a acessibilidades à região do Porto".

Agostinho Branquinho e Jorge Costa lembram que a situação, "já hoje insuportável, será brevemente agravada" com a entrada em serviço do lanço da A4, entre Águas Santas, onde agora termina, e o nó de Sendim, em Matosinhos, em construção.

quarta-feira, 1 de março de 2006

'Greve' à multa continua nos parquímetros

http://jn.sapo.pt/2006/03/01/grande_porto/greve_a_multa_continua_parquimetros.html

estacionamento Câmara e concessionária reúnem hoje por causa da polémica subida do custo

Nuno Silva

A "greve" à multa continua, em Valongo e em Ermesinde. A polémica subida do custo dos parquímetros (de 30 para 50 cêntimos/hora) será discutida, hoje, numa reunião entre a Câmara e a administração da empresa que explora o estacionamento no concelho. Fonte da autarquia confirmou a realização do encontro com responsáveis pela "Construções Europa Ar-Lindo" e sublinhou que os fiscais municipais continuam com instruções para não multarem os infractores - a forma encontrada para reagir ao aumento "surpresa" do tarifário.

Contactada pelo JN, a empresa limitou-se a afirmar que "está a ser respeitado o contrato com a Câmara". Um argumento que não convence a autarquia, que já admitiu mesmo revogar a concessão e levar o caso para tribunal.

Reacções distintas

Certo é que a subida dos custos do estacionamento está a motivar reacções distintas entre os automobilistas, em Valongo e Ermesinde. Enquanto uns foram apanhados de surpresa, outros mal deram conta da diferença e houve também os que simplesmente estacionaram os veículos sem colocar a moeda, por saberem da "greve" que os fiscais camarários estão a fazer à multa.

Cecília Amorim, por exemplo, admitiu não se ter apercebido da mudança, mas não deixou de criticar a forma como os parquímetros estão distribuídos. "Não há um sítio em Ermesinde onde se possa deixar o carro sem pagar. Assim as pessoas deixam de cá vir", lamentou, classificando a instalação de parquímetros como "a maior estupidez de todos os tempos".

"O preço aumentou?"

Apoiado numa bengala, Serafim Rocha, que em Abril faz 78 anos, puxada moeda de 50 cêntimos para "comprar" uma hora de estacionamento. Os lugares destinados a deficientes estavam ocupados. O reformado também desconhecia a polémica em torno do tarifáro"O preço aumentou? Não sabia. Costumo pôr sempre 50 cêntimos".

"Já não bastava termos o imposto municipal de circulação... Enfim, têm que se arranjar fontes de receita de qualquer maneira", desabafou por sua vez Joaquim Silva, que tinha acabado de deixar o veículo numa zona de estacionamento pago, próximo à estação de Ermesinde.

Notas

Pagamento

O estacionamento é pago entre as 8.30 e as 20 horas nos dias úteis e das 8.30 às 13 horas, aos sábados. Aos feriados e domingos é gratuito. Cada hora custa 50 cêntimos.

História

Em Abril do ano passado, a Câmara de Valongo aprovou a redução do custo dos parquímetros de 60 para 30 cêntimos. Na semana passada, a concessionária subiu o preço para 50 cêntimos.

Desprevenidos "Fomos apanhados desprevenidos. A empresa diz que procedeu ao aumento de acordo com o contrato de concessão, mas o aumento deveria ter sido ratificado pela Câmara". Foi assim que Fernando Melo, presidente da autarquia, reagiu à subida do preço dos parquímetros, acrescentando que o assunto está a ser analisado pelos juristas. A matéria dominou a última Assembleia Municipal. O PS falou em "braço de ferro".