sábado, 27 de agosto de 2005

"Nova Valongo não passou de um mito"

http://jn.sapo.pt/2005/08/27/grande_porto/nova_valongo_passou_um_mito.html

urbanismo Maria José Azevedo revelou que há 4000 apartamentos vagos ou com construção parada Candidata critica "aposta no cimento"

arquivo jn
Câmara acusada de criar falsas expectativas a promotores


Travar a "pressão imobiliária" e inverter a "aposta no cimento" são algumas das prioridades de Maria José Azevedo, candidata socialista à presidência da Câmara de Valongo. Na apresentação das propostas para o sector do Urbanismo (cujo pelouro irá assumir, caso vença as eleições), deu conta de que no concelho há mais de 4000 fogos abandonados, na sua maioria situados no espaço reservado à "nova cidade".

"Uns estão concluídos mas devolutos e sem compradores e outros parados a meio da construção, por falência ou abandono dos construtores", sublinhou, criticando o actual Executivo por ter criado "expectativas mirabolantes" aos investidores e pela "falta de planeamento" em termos de acessibilidades, transportes, comércio e equipamentos.

Maria José Azevedo destacou a necessidade de "adequar" o PDM - "em sede de revisão há cinco anos" - à "nova realidade". "O PDM de Valongo mais não é do que um mero plano definidor de áreas de construção, à sombra do qual se permitiu transformar Ermesinde no que é hoje (casas e pessoas a mais, espaços a menos) e à cidade de Valongo perder vitalidade no seu centro histórico a favor de uma 'nova Valongo' que, afinal, não passou de um mito, confundindo crescimento com desenvolvimento", reforçou a socialista.

Assim sendo, a redução do índice de construção e a reabilitação urbana são apostas para Ermesinde, enquanto que, em Valongo, o propósito é "reajustar a zona de expansão para índices de crescimento realista". A "especulação imobiliária" em Alfena, devido à construção do IC24, é outra das situações que a candidata garante conter. Face ao problema dos 4000 apartamentos devolutos, entre outros, Maria José Azevedo prometeu criar um "gabinete de crise" para o Urbanismo.

A implementação de uma rede interna de transporte público, articulada com os sistemas dos municípios fora do concelho, tendo em conta a "lógica de mobilidade do andante", é outra das medidas que a socialista tem na calha.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Câmara refuta responsabilidades (camionetas)

http://jn.sapo.pt/2005/08/10/grande_porto/camara_refuta_responsabilidades.html


A Câmara Municipal de Valongo declinou, ontem, responsabilidades nos horários das camionetas que servem as urbanizações da Abelheira, Susão e Quinta da Lousa. Recorde-se que, tal como o JN ontem noticiou, a falta de transportes naqueles aglomerados habitacionais afecta mais de mil pessoas.

"Os horários foram elaborados pelas empresas e autorizados pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres. Aliás, os mesmos obtiveram a concordância da Comissão de Utentes, através do seu presidente, João Cândido, que, em 2001, subscreveu um comunicado à população, conjuntamente com a Câmara e as juntas de Freguesia de Valongo e Alfena", pode ler-se num comunicado da autarquia enviado ontem ao JN.

A autarquia esclareceu, ainda, que, em 2001, celebrou um protocolo de comparticipação nos custos de exploração, "procedendo ao pagamento mensal de 4 .362,74 euros, por forma a garantir uma dessas carreiras, a linha 64".

Por outro lado, no comunicado sublinha-se que existe uma escola EB1 a 300 metros da Urbanização da Abelheira e que a Câmara garante os transportes escolares, de acordo com a legislação em vigor.

Por seu turno, a STCP sublinha que a carreira 64 é uma linha de serviço público, que não é rentável, porquanto regista fracos níveis de utilização. Daí que parte dos custos sejam suportados pela autarquia.

"No entanto, uma vez que a linha resulta de um acordo de exploração com a STCP, se a procura o justificar, equacionaremos o prolongamento da linha", referiu uma fonte da empresa. A mesma fonte sublinhou que está a pensada a integração desta linha no Andante.

Os utentes poderiam, assim, com um só título de transporte, utilizar o comboio, o metro do Porto, além dos autocarros da STCP.