segunda-feira, 1 de junho de 2009

Urbanização passa a hotel e hospital

01-06-2009
00h30m
REIS PINTO
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Valongo&Option=Interior&content_id=1249956

Valongo vai ter um novo hospital, um hotel e um centro para idosos, num investimento que ronda os 16 milhões de euros. As valências serão instaladas na Urbanização da Fonte da Senhora, que está inacabada há alguns anos.
A proposta será discutida, depois de amanhã, na reunião semanal da Câmara de Valongo e, para o vereador do pelouro do Urbanismo, José Luís Pinto, "foi a melhor solução que poderíamos encontrar".
"A legislação afirma que a demolição deve ser a última medida a tomar. Se houver outras formas legais, a Autarquia deve recorrer a elas. O que aconteceu neste caso foi que a entidade bancária aceitou recuperar a Urbanização Fonte da Senhora e chegámos a um acordo. Aproveitando e modificando o edificado existente, será construído um hospital (que deverá ter 80 quartos), um centro para idosos e um hotel", revelou o vereador.
O promotor abandonou os trabalhos e a entidade financiadora, a Caixa de Crédito Agrícola, ficou com a urbanização, que já se encontrava praticamente em fase de conclusão. O banco encontrou um novo promotor, que está disposto a investir 15,9 milhões de euros, num projecto que deverá criar 150 postos de trabalho.
"É sempre melhor requalificar que demolir. Assim vão criar-se valências interessantes e numa óptima localização. Os nossos serviços já deram conta de algumas deficiência na área social e da saúde, que assim serão colmatadas", afirmou José Luís Pinto.
No concelho de Valongo há inúmeras urbanizações por concluir e a Autarquia iniciou, há cerca de dois anos, um processo de demolições, com o qual deverá gastar cerca de cinco milhões de euros. "Substituimo-nos aos promotores e depois vamos para Tribunal para sermos ressarcidos", sublinhou o autarca.
José Luís Pinto revelou que há processos de demolição em curso em todo o concelho. "Foi uma decisão política complicada de tomar. Caso os donos não queiram assumir os custos da operação, a Câmara toma posse administrativa do prédio ou urbanização e "limpa" o terreno. O Banco Português de Negócios foi quem mais rapidamente demoliu um empreendimento. Tratava-se de um prédio à face da A4, numa operação que custou ao banco cerca de 850 mil euros", referiu o vereador.

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