quinta-feira, 30 de abril de 2009

Retria

Inaugurada em Valongo unidade que vai tratar 50 mil toneladas de resíduos de construção
30.04.2009 - 09h54 Lusa
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377691&idCanal=2100











O secretário de Estado disse que o destino destes resíduos tem de incluir uma separação de materiais que permita a reciclagem

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, inaugurou ontem a Retria, em Valongo, uma unidade pioneira no Grande Porto que vai tratar 50 mil toneladas por ano de resíduos de construção e demolição produzidos nesta região."A Retria recebe os entulhos das obras, faz uma triagem daquilo que é possível aproveitar e valorizar e reintroduz novamente no mercado esses produtos", explicou o administrador desta unidade, António Rodrigues. Por trás deste investimento de 1,3 milhões de euros encontram-se "uma empresa vocacionada para a área dos resíduos, a Semural, e a construtora Casais", mas "houve uma colaboração estreita com a Câmara local e a Lipor, porque uma unidade como esta não funciona se não houver uma grande interacção com a região". António Rodrigues concretiza realçando que a Retria "vai dar resposta à região do Grande Porto e fazer simplesmente o tratamento e a reciclagem dos entulhos que ali serão entregues", entre madeiras, plásticos, metais e outros resíduos que hoje são ainda depositados de um modo irregular e selvagem. "Gosto de ver isto como mais um sinal de progresso de organização social, porque, no fundo, o resíduo é uma ineficiência e hoje vemo-lo cada vez mais como fonte de valor, de emprego, investimento, oportunidades e inovação", destacou Humberto Rosa. O governante considerou ainda que "Portugal pode estar orgulhoso dos passos que deu nos resíduos, pois fez já coisas notabilíssimas e se recuássemos veríamos quão notáveis foram". Contudo, prosseguiu, "há certos nichos que faltavam e um deles é o dos entulhos que toda a gente encontra na paisagem e que são provenientes da construção e demolição". Humberto Rosa destacou a importância da "legislação aprovada em 2008" para combater esse problema, que prevê "a demonstração de destino adequado dos resíduos de construção e demolição" de uma obra, sendo que "esse destino tem de incluir uma separação de materiais que permita a reciclagem". Essa legislação "dá sinais muito claros aos agentes económicos para se organizarem e aqui está um caso". O secretário de Estado considera que, neste domínio ambiental, Portugal realizou "progressos muito sensíveis e pode estar orgulhoso dos passos que já deu em resíduos", muito embora refira haver ainda "muito trabalho para fazer". Para justificar a sua opinião, Humberto Rosa socorre-se de "indicadores muito simples" sobre reciclagem entre 2004 e 2008, mencionando subidas "na casa dos 20 por cento nas embalagens, de 30 por cento nos pneus, de 150 por cento nas pilhas e acumuladores e de 1200 por cento nos veículos".

Sem comentários: