domingo, 6 de abril de 2008

Compradores preferiram casas novas e de luxo no fim de 2007 (construção nova em Valongo)

http://jn.sapo.pt/2008/04/06/porto/compradores_preferiram_casas_novas_e.html

Carla Sofia Luz

A maioria das habitações, vendidas nos últimos três meses do ano passado na Área Metropolitana do Porto, é de gama alta. O valor médio das casas alienadas foi superior a 206 mil euros. Os compradores procuraram, sobretudo, empreendimentos novos. No Porto, 31% das habitações adquiridas no quarto trimestre de 2007 são T1 luxo ou de tipologias inferiores. Neste concelho, continua a vender-se mais habitações T2 (35%), mas, em muitos casos, os vendedores tiveram de fazer um desconto nos preço. O valor médio de venda é inferior ao de oferta. Em Gaia predominam a oferta e a venda de imóveis T2, enquanto, em Matosinhos, grande parte das alienações foi de T3 (31%) e de T1 (27%).

As conclusões são retiradas do Sistema de Informação Residencial - uma ferramenta da Imométrica que reúne a informação das transacções de vários mediadores, promotores e avaliadores imobiliários da região. No mercado dos imóveis de luxo, os mais caros encontram-se no Porto. Foz e Nevogilde são as zonas mais valorizadas da Área Metropolitana (as habitações da gama alta custam, em média, 3646 euros por metro quadrado), seguidas de Massarelos, no Porto. Senhora da Hora, em Matosinhos, ocupa a terceiro posição, superando Aldoar (Porto). Na freguesia matosinhense, o valor médio das casas de luxo ascende a três mil euros por metro quadrado. A única área de Gaia que figura nesta lista é a do Litoral Norte, com preços médios da ordem dos dois mil euros por metro quadrado.

Mais oferta em Gaia

As estatísticas da base de dados LardoceLar/Imométrica - são indicadores da evolução do mercado imobiliário para as empresas que foram apresentados na última edição do salão Imobitur, na Exponor - revelam a existência de mais de 66 mil casas à venda na Área Metropolitana. Gaia é o concelho com maior oferta com quase 17 mil imóveis no mercado, seguido do Porto, Matosinhos e Maia (ler infográfico). Póvoa de Varzim e Espinho estão no fundo da lista.

"A taxa de oferta na Área Metropolitana ronda os 11%. A Maia está em primeiro lugar com uma taxa de 16%. Cresceu exponencialmente em termos de oferta de alojamento. Em 2007, tinha 9186 casas à venda. A Maia duplicou o seu parque habitacional nos últimos 15 anos. Também tem crescido muito em termos de usados", especificou Luís Ferreira. Há menos imóveis usados à venda do que em 2006, mas, ainda assim, representam 58% da oferta residencial na região. Nos municípios de Vila do Conde (66%), Gondomar (64%), Maia e Póvoa de Varzim (63%), o peso dos usados na oferta é maior do que noutros concelhos da Área Metropolitana do Porto.

Mais de metade das habitações à venda em Espinho (62%) e em Valongo (52%) é construção nova. No Porto e Gaia, corresponde a 43%. Em Matosinhos, a percentagem é de 42%. Mas as estatísticas da LarDoceLar/Imométrica provam que, nos últimos três anos, venderam-se menos imóveis usados em comparação com a quantidade de casas em segunda mão que entram no mercado para alienar. Ou seja a taxa de saída tem sido sempre inferior à de entrada. Em 2007, a taxa de entrada de casas novas foi de 45% e a de saída de 41%.

E é no Porto que as habitações são mais caras, acima da média da região. O preço médio foi de 1645 euros por metro quadrado, ligeiramente inferior ao valor do ano passado. Matosinhos ocupa a segunda posição, seguido de Espinho. Embora seja o município com mais casas à venda, Gaia surge em sexto lugar com um preço médio de 1103 euros por metro quadrado.

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