domingo, 8 de junho de 2008

Câmara fez edifício mas não encontra ocupantes

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Porto&Option=Interior&content_id=955882

Concluído há cerca de dois anos, à boleia do Programa Polis, um dos prédios que compõem o edifício dr. Faria Sampaio, em Ermesinde, Valongo, continua fechado. A Câmara Municipal não consegue encontrar quem queira ocupar o imóvel.

Os sinais de degradação começam a surgir. Uma porta metálica foi estroncada, foram rabiscados grafittis nas escadas e, em alguns recantos exteriores, o cheiro a urina é intenso. O imóvel, pensado para acolher serviços públicos descentralizados (Correios, notários, registos, entre outros), permanece sem destino certo. João Queirós, vice-presidente da Câmara de Valongo, admite que a Autarquia estáa tentar encontrar entidades que queiram ocupar o prédio, mas recorda que o mercado também não está fácil. Maria José Azevedo, vereadora da oposição socialista, recrimina o desperdício de dinheiros públicos: construiu-se um edifício sem saber o que fazer com ele. E avança com a hipótese de ali ser instalada uma extensão do Instituto de Emprego e de Formação de Valongo (ver texto abaixo). O edifício dr. Faria Sampaio foi construído no âmbito do Polis de Ermesinde. No entanto, enquanto um dos prédios permaneceu englobado no projecto, a Autarquia valonguense até retirou o segundo prédio do Polis, precisamente para poder negocia-lo. No entanto, se o primeiro edifício foi ocupado por serviços municipais (não poderia ser alienado), o segundo ficou sem qualquer utilidade. A ideia de transforma-lo numa espécie de loja do cidadão caiu por terra e a Câmara ficou sem soluções à vista. João Queirós não esconde o problema. E recorda que a Autarquia até já fraccionou o edifício para que os espaços pudessem ser ocupados separadamente. Na actual conjuntura será muito difícil encontrar uma entidade que tome conta de todo o imóvel, de dimensões consideráveis. De acordo com João Queirós, existe alguma "relutância" em ocupar o imóvel, propriedade da Câmara, com outros serviços municipais, à semelhança do que acontece com o prédio contíguo. "Se for estritamente necessário, a Câmara ocupará", assinalou, ainda assim, ao JN. O vice-presidente continua a acreditar, contudo, que será possível encontrar interessados. Até porque, conforme salientou, numa altura de "míngua de receitas" para os municípios, o encaixe financeiro proveniente da ocupação do edifício representaria um conforto importante para os cofres da Autarquia. De resto, este já não é o primeiro problema que o edifício dr. Faria Sampaio enfrenta. Conforme noticiou o JN, em Maio de 2006 o presidente da Câmara Municipal de Valongo, Fernando Melo, confessava que não havia dinheiro para mobilar o prédio que iria acolher os serviços municipais.

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