sábado, 8 de abril de 2006

Um depósito de resíduos "vizinho" de um ecocentro

http://jn.sapo.pt/2006/04/08/porto/um_deposito_residuos_vizinho_um_ecoc.html

alfredo cunha

Lixeira a céu aberto envolve Ecocentro de Valongo e acolhe os resíduos que não têm lugar no espaço

Patrícia Alves Tavares

É mais uma lixeira a céu aberto, mas tem a particularidade de "cercar" um ecocentro, em Valongo. São cerca de 200 m2 de resíduos industriais, nomeadamente pneus e materiais provenientes da construção civil, que não são aceites por aquela unidade de recolha de lixo e, por isso, são lançados mesmo no terreno ao lado...

Segundo o JN apurou, empresas e particulares deslocam-se frequentemente ao equipamento camarário, com o intuito de deixarem os "entulhos" para serem posteriormente reciclados. No entanto, neste espaço só são aceites resíduos como plásticos, cartão, vidro, madeiras, ferro e os chamados "monstros" domésticos (sofás, colchões, frigoríficos).

Ou seja, os designados "entulhos" não têm lugar no Ecocentro de Valongo e caricatamente são largados, durante a noite, no terreno que envolve o referido espaço. O terreno, que segundo populares, pertencerá à autarquia, já foi alvo de algumas limpezas junto à entrada do estaleiro.

A restante zona continua a servir de "ecocentro" para os resíduos "excluídos", aumentando os riscos para os habitantes do Bairro do Calvário, em caso de incêndio. O bairro divide parte do seu espaço com a lixeira, o que traz "inúmeros perigos para quem ali mora, especialmente no Verão, porque devido à ausência de limpeza do terreno e, em caso de incêndio, os resíduos propiciam o alastramento das chamas", referem os populares.

Contactado pelo JN, o pelouro do Ambiente da Câmara referiu "ter conhecimento da situação" e que pretende "fazer a limpeza do local". No entanto, recusou-se a esclarecer quem são os proprietários do terreno e o porquê de o ecocentro (quase vazio) não aceitar todo o tipo de lixos.

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