sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Valongo recebe primeira central de tratamento de resíduos do Norte

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1343836

RETRIA está instalada em Sobrado
24.09.2008 - 19h27 Anabela Peixoto

David Clifford (arquivo)

Estima-se que sejam produzidos anualmente na Região Norte do país mais de 2 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição







A primeira unidade de gestão e tratamento de resíduos de construção e demolição na região do Grande Porto foi apresentada hoje em Valongo. A RETRIA, assim se chama a nova empresa, está instalada em Sobrado, concelho de Valongo, e dispõe de capacidade para receber cerca de 300 mil toneladas de resíduos por ano.O projecto nasce de uma parceria entre a empresa Casais e a Lipor, e é impulsionado pela inexistência de locais apropriados para depósito de resíduos de construção e demolição, que contribuem de forma acentuada para o agravamento dos problemas ambientais.“Os Resíduos de Construção e Demolição são produzidos em grande volume e são, na maioria das vezes depositados clandestinamente em terrenos baldios, nas margens de rios e nas bermas de estradas periféricas, uma vez que não existem, no momento, locais apropriados para o seu depósito”, explicou a responsável pelo projecto, Ana Lobo. Estima-se que sejam produzidos anualmente na Região Norte do país mais de 2 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição, que incluem tijolos, blocos cerâmicos, betão, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras, gesso, telhas, vidros, plásticos, tubagens e fios eléctricos, entre outros produtos utilizados numa obra de construção. Para inverter esta situação, o novo complexo industrial engloba a recolha, transporte, armazenamento, triagem e valorização de resíduos, que podem depois ser novamente utilizados nas obras de construção. O processo será feito mediante pedido das empresas, junto das quais a RETRIA pretende levar a cabo medidas de sensibilização para as “mais-valias do tratamento de resíduos e para as penalizações a que os construtores estão sujeitos pelo não cumprimento destas normas”, adiantou Ana Lobo. A nova empresa conta também com a ajuda de um novo software, o Gercode, uma plataforma de registo de informação que permitirá acompanhar o fluxo de resíduos desde a sua origem até ao destino final. O novo equipamento vai servir de suporte às operações de gestão de resíduos, minimizando a deposição ilegal dos mesmos e contribuindo para a identificação de potenciais infractores de forma a desencadear acções de fiscalização.A central está em fase de testes a partir de hoje, prevendo-se que comece a receber os primeiros produtores de resíduos em meados de Outubro.

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