2009-02-16
A Associação de Feirantes do Distrito do Porto reclama o regresso da feira semanal ao centro da cidade de Valongo. Desde Agosto de 2003 que as bancas trocaram, por decisão da Câmara, o Largo do Centenário pelo apeadeiro do Susão.
A transferência gerou polémica há mais de cinco anos e, agora, são os comerciantes do coração do concelho que sublinham as saudades dos tempos de convivência entre o comércio tradicional e os pregões da feira. Como noticiou o JN, os lojistas garantem que as obras de remodelação não trouxeram mais clientes. A saída da feira trouxe o marasmo. Uma observação que é rejeitada pela Autarquia de Valongo, lembrando o investimento de 2,5 milhões de euros num local outrora degradado e com fraca iluminação que só era usado como parque de estacionamento e pela feira.
"O sucesso desta requalificação é comprovado, facilmente, pela elevada frequência da população, sobretudo à noite e ao fim-de-semana. O Largo do Centenário é um local apetecível, esteticamente agradável", sublinha, em comunicado, o Município, dando como exemplo a abertura de três unidades hoteleiras na zona. Os argumentos não convencem os lojistas nem os feirantes.
O actual presidente da Associação de Feirantes do Distrito do Porto, Joaquim Santos, entende que o poder político deve ouvir a vontade do povo e promover o retorno da feira ao centro da cidade. Nesse sentido, irá solicitar o agendamento urgente de uma reunião com a Câmara de Valongo para discutir essa possibilidade.
"Se é a população a pedir, não faz sentido que o poder político não ouça a voz do povo. As pessoas estão infelizes e pedem o regresso. Gostávamos de voltar à origem ou para um local mais próximo possível do Largo do Centenário", indica o líder da associação, que pretende ser um parceiro na deslocação com novas regras.
"O dia de feira [ao sábado de manhã] traz muita gente. A associação está disponível para encontrar uma solução viável e uma localização próxima do centro da cidade. Por que não voltar à origem se é isso que o comércio local precisa?", acrescenta. Caso a Autarquia rejeite a ocupação semanal do Largo do Centenário, Joaquim Santos sugere a instalação da feira no parque de estacionamento à superfície.
O presidente da associação distrital lembra que também os feirantes beneficiam da proximidade do comércio tradicional. As pessoas aproveitam a visita às feiras no centro das cidades para realizarem outras tarefas.
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