sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Metro de Gondomar com ligação à linha de Leixões

http://jn.sapo.pt/2008/02/22/porto/metro_gondomar_ligacao_a_linha_leixo.html

Na futura linha de Gondomar
, circularão dez composições por hora fora do período de ponta

Carla Sofia Luz

O projecto de execução da linha entre o Estádio do Dragão e Gondomar, que, nesta primeira fase, só será rasgada até à Venda Nova, em Rio Tinto, abre a porta à futura utilização da linha ferroviária de Leixões, sem transporte de passageiros há mais de 40 anos, O desenho possibilita a ligação à via-férrea na zona entre as novas estações de S. João de Deus e do Parque Nascente. Prevê, ainda, que entre Lourinha e Paço possa surgir a extensão a Valongo.

Embora a linha completa possua 11,2 quilómetros e 17 estações, o troço a executar até Venda Nova contará com nove paragens - Contumil, Nicolau Nasoni, S. João de Deus, Parque Nascente, Rio Tinto, Lourinha, Paço, Carreira e Venda Nova -, que serão servidas por 20 composições por hora em ambos os sentido em período de ponta (das 7 às 10 horas e das 17 às 20 horas). Fora das horas de ponta, circularão dez veículos por hora. O período nocturno (das 23 à 1 hora e das 6 às 7 horas) contará com oito viaturas. Tal como noticiou o JN, os tram-trains podem ser usados nesta linha, pois dispõem de um "maior número de lugares sentados" e atingem "maiores velocidades médias" de circulação.

As informações contam do relatório de conformidade ambiental do projecto de execução da Linha de Gondomar, elaborado pela COBA (o projecto está em fase de pós-avaliação pela Agência Portuguesa do Ambiente, que contempla um curto período de discussão pública de 11 dias até ao próximo dia 6). A regularização do Rio Tinto, sobretudo na zona de Lourinha, para reduzir as situações de cheia e a inserção urbana e paisagística da linha do metro são consideradas fundamentais para minimizar o impacto ambiental da intervenção.

Apesar dos milhões investidos em obras de inserção urbana terem gerado grande polémica entre os autarcas e o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, surge agora como um trabalho indispensável para a obtenção do aval da Agência Portuguesa do Ambiente. Isto, porque diminuirá e compensará "os impactos negativos da obra" e garantirá " a harmoniosa integração da via no meio urbano". O metro circulará quase sempre pela faixa lateral e faixa central de vias rodoviárias existentes e projectadas.

No relatório, indica-se que, à saída das Antas, o metro seguirá pelo lado direito da Rua de Conde de Castelo Melhor até à Estação de Contumil. Na zona, nascerá uma avenida. Segue, depois, em túnel (com 970 metros) por baixo da Linha do Minho e da Estrada da Circunvalação, surgindo à superfície após o centro comercial Parque Nascente.

O metro cruza o vale do rio Tinto, desenvolvendo-se para Norte até Paço e passando pelo jardim e pelas piscinas de Rio Tinto, pela escola secundária de Lourinha e pela zona desportiva de Paço. Está projectada outra via que levará as composições até Carreira e Taralhão, onde será erguido um viaduto com 498 metros no vale do rio Torto. Ao longo da linha, será criado mais estacionamento. Edificarão ainda parques em Lourinha, Paço e Venda Nova.

Sem comentários: