terça-feira, 4 de março de 2008

Santa Justa candidata ao QREN

http://www.oprimeirodejaneiro.pt/?op=artigo&sec=eccbc87e4b5ce2fe28308fd9f2a7baf3&subsec=&id=aa657f754cc9dcebd21f1b7e27428cde

A Junta Metropolitana do Porto encomendou à arquitecta paisagista Teresa Andersen a elaboração de um plano de pormenor para a Serra de Santa Justa. O projecto deverá ser alvo de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Isabel Rodrigues Monteiro

A criação de um Plano de Pormenor para a Serra de Santa Justa é um dos projectos, na área ambiental, que deverá ser candidatado ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Conforme adiantou ao JANEIRO José Luís Pinto, vereador do Ambiente da Câmara de Valongo, esta candidatura está a ser elaborada ao nível da Junta Metropolitana do Porto.
Segundo explicou o responsável, a candidatura está a ser instruída pela arquitecta paisagista Teresa Andersen, contratada propositadamente para elaborar o documento com as premissas para uma gestão ambientalmente sustentável da Serra de Santa Justa que, há cerca de dois anos, foi fustigada pelas chamas. O objectivo é idealizar um projecto também economicamente rentável para o chamado pulmão da Área Metropolitana, partilhado pelos concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes. José Luís Pinto explica que depois de elaborado este plano de pormenor, tem de se discutir que tipo de equipamentos devem ser implementados na Serra de Santa Justa, designadamente se deve ou não ter turismo rural, campismo, entre outros.
O autarca de Valongo realça a importância da Serra de Santa Justa, considerando que esta deveria ser considerada o Parque da Área Metropolitana do Porto, tal como Monsanto é entendido como o Parque da Área Metropolitana de Lisboa. Segundo contou, houve no seio da Junta Metropolitana alguma discussão em torno da importância do local, tendo depois sido assumido como projecto com carácter ambiental prioritário, a par da classificação da Reserva Ornitológica do Mindelo.
Nos últimos anos, a Câmara de Valongo fez algumas tentativas junto do Governo e dos proprietários da Serra de Santa Justa, no sentido da reflorestação. No entanto, lamenta José Luís Pinto, os proprietários não aceitaram a proposta aprovada pelo Governo e que previa um financiamento de 95 por cento. A única contrapartida, diz, era que a reflorestação tinha de ter um carácter ambiental e sustentável, ou seja, não poderia ser só eucaliptos. A autarquia não conseguiu cativar os proprietários para o projecto.

Sem comentários: